Prefeitura
Municipal de Joinville
Secretaria
de Educação
Centro
de Educação Infantil Odorico Fortunato
Diretora:
Roseli
Maria Antão da Costa
Auxiliar
de Direção: Adriana Nascimento Favarin
Coordenadora
Pedagógica: Cleide Simone Voelz
Professora:
Josandra
Maria Rodrigues Silveira Souza
Auxiliares: Elaine
Sobral Bonfim Ferreira
Rosangela Aparecida da Silva Mendes
Turma:
Maternal
1
“CONSTRUINDO
UM
MUNDO MAIS MUSICAL”
Joinville/2015
SITUAÇÃO
PROBLEMA
Este
projeto se originou de uma situação
problema onde a turma do Maternal 1 está muito acostumada com um repertório
musical um pouco restrito e desta forma
aumentar seu repertório musical e fazer descobertas sobre os mais diferentes
sons que estão a nossa volta contribuirá de forma significativa para que seus
conhecimentos se tornem mais amplos de uma forma bastante prazerosa.
JUSTIFICATIVA
Considerando
a infância a fase mais importante para uma educação alicerçada na ludicidade a Musicalidade fará parte do cotidiano de nossas
crianças das mais variadas formas, sempre pautada em objetivos pedagógicos e
prazerosos, desenvolvendo sensibilidades.
Frequentemente
a música é considerada mera distração, quando na realidade, ela é a expressão
mais íntima de todos nós. As atividades artísticas constituem formas do
indivíduo evidenciar suas emoções e exercer seu
pensamento.
A música acaba se destacando como uma dessas artes, estimulando o impulso
vital, a inteligência, a vontade, a imaginação criadora, a sensibilidade e o
amor, que são as mais importantes atividades psíquicas de todos os seres
humanos, ou seja, a maior particularidade da música é unir, harmoniosamente, o
conhecimento, a percepção e a ação.
Para
aprender música não é necessário ter um talento especial. Isso pertence a
todos. E um dos principais deveres do professor é o de assegurar a igualdade de
oportunidade para que toda criança tenha acesso à música e ser educado
musicalmente, não importando o ambiente sociocultural de origem.
O envolvimento das crianças
com o universo sonoro começa ainda antes do nascimento, pois na fase
intrauterina os bebês já convivem com um ambiente de sons provocados pelo corpo
da mãe, como o sangue que flui nas veias, a respiração e a movimentação dos
intestinos. A voz materna também constitui material sonoro especial e
referência afetiva para eles.
A criança é um ser “brincante” e,
brincando, faz música, pois assim se relaciona com o mundo que descobre a cada
dia. Fazendo música, ela, metaforicamente, “transforma-se em sons”, num
permanente exercício: receptiva e curiosa, a criança pesquisa materiais
sonoros, “descobre instrumentos”, inventa e imita motivos melódicos e rítmicos
e ouve com prazer a música de todos os povos.
No dia a dia da educação infantil
brasileira, a música vem atendendo a propósitos diversos, segundo concepções
pedagógicas que vigoraram (ou vigoram) em nosso país no decorrer do tempo.
Sabe-se
que a música é fator importantíssimo na educação infantil, mas a sociedade e neste
contexto a própria escola, ainda vêem a música como meio de entretenimento e
lazer, e não como uma fonte de formação aos indivíduos.
A
criança aprende de modo singular, a forma como
percebem e se relacionam com os sons, no tempo-espaço, revela o modo
como se relacionam com o mundo que vêm
explorando e descobrindo a cada dia. Resta-nos observar e entender essa
potencialidade. Esse aprender é próprio de cada sujeito e se manifesta através
da interação das crianças frente às indagações que elas mesmas se colocam.
A
música pode ser utilizada como elemento sensibilizador e marcador cronológico,
auxiliando a criança na construção e organização dos conceitos de tempo e
espaço. Por isso, é importante o uso de canções que servem para marcar o
início, final ou execução de determinadas tarefas, como hora da história, lanche,
higiene etc. Nessas horas, principalmente nos ambientes externos, a música faz
com que a criança se sinta “parte
daquele grupo”.
Ainda hoje, quando a educação
infantil, de modo geral redimensionou conceitos, abordagens e modos de atuação,
sob a influência de novas pesquisas e teorias pedagógicas percebemos que o
trabalho com a linguagem musical avança a passos muito lentos rumo a uma
transformação conceitual. Continuamos apenas cantando canções que já vem
prontas, batendo o pulso o ritmo etc., quase sempre excluindo a interação com a
linguagem musical, que se dá pela exploração, pela pesquisa e criação, pela
integração, pela elaboração de hipóteses e comparação de possibilidades, pela
ampliação de recursos, respeitando as experiências prévias, a maturidade, a
cultura da criança, seus interesses e sua motivação interna e externa.
Com
base nesta proposta iremos construir nosso projeto inovando a forma de
trabalhar a musica em nossa turma, propondo as crianças novas descobertas, desafios,
brincadeiras e atividades lúdicas para desenvolver o conhecimento musical e rítmico
entendendo a música como processo contínuo de construção, que envolve perceber,
sentir, experimentar, imitar criar e refletir, importando prioritariamente a
criança, o sujeito da experiência. Pois como diz Ponso (2014,p.15).
A
música é conhecimento, é substância, é algo palpável que está a serviço das
demandas que surgem nos projetos de investigação. Como assim, a serviço? Ela
por si só não se constitui como um grande campo de investigação? Sim, contudo,
aí está a particularidade da proposta. Esta prática propõe que se chegue à
música por necessidade, por descoberta ou por interesse coletivo.
É
preciso lembrar que a música é linguagem cujo conhecimento se constrói com base
em vivências e reflexões orientadas desse modo todos devem ter o direito de
cantar, ainda que desafinando Todos devem poder tocar um instrumento, ainda que
não tenham naturalmente um senso rítmico fluente e equilibrado, pois as
competências musicais desenvolvem-se com as práticas em contextos de respeito,
valorização e estímulo a cada criança por meio de propostas que consideram todo
o processo e não apenas o produto final.
OBJETIVOS:
·
Explorar e desfrutar diferentes estilos de
música, dança, teatro e demais expressões da cultura corporal.
·
Cantar canções conhecidas e imitar gestos que
as acompanhem.
·
Explorar e identificar elementos da música
para se expressar, interagir com os outros e ampliar o conhecimento de mundo;
·
Apreciar e seguir ritmos diferentes de
músicas e canções com movimentos corporais.
·
Diferenciar som do silêncio, forte do fraco,
rápido do lento
·
Imitar diferentes ruídos e sons musicais com
objetos e instrumentos.
·
Explorar instrumentos musicais.
·
Acompanhar a execução de obra musicais
variadas (clássicas, populares, étnicas, cantadas, instrumentas, folclóricas
dentre outras)
·
Produzir objetos sonoros e musicais
·
Cantar e se expressar musicalmente
·
Explorar o corpo como matéria expressiva na
música.
·
Contar histórias utilizando instrumentos
musicais.
Desenvolver percepção
auditiva e memória musical.
AÇÕES
PREVISTAS:
1- Propor atividades
referentes à qualidade do som, percepção, voz e ritmo.
Conhecimentos prévios:
Conversaremos com as crianças questionando-as
sobre o que conhecem sobre som antes de
iniciarmos as atividades propostas.
2 - Roda de conversa: O que é música?
3- O ambiente possui vários tipos de ruídos,
alguns são agradáveis e outros desagradáveis ao nosso ouvido. Sentados na quadra
do CEI para analisarmos os sons:
Pessoas conversando;
Crianças brincando;
Cachorro latindo;
Carro;
Criança gritando, etc...
4 – As mais variadas
formas de expressão musical:
·
Músicas
da cultura infantil: Acalantos;
brincos e parlendas, brinquedos de roda;
·
Canções
de nossa MPB;
·
Samba;
·
Maracatu,
brasileiro;
·
Jazz;
·
Rock;
·
Valsa;
·
Rap;
·
Músicas
clássicas;
·
Mantra;
·
Bolero
5
– Expressão escrita e artística de músicas, parlendas .
6
– Construção de dominó com imagens de
instrumentos musicais.
7 –. Apresentações musicais na instituição com
participações especiais.
8
- Construção de instrumentos musicais e objetos sonoros. (envolvendo as
famílias)
·
Reco-recos;
·
Trompas
de conduíte
·
Violões;
·
Chocalhos;
·
Maracás;
·
Paus
de chuva;
·
Móbiles
sonoros
·
Tambores
de bexiga e tecido;
·
Cordofones;
·
Guitarras;
·
Matrácas
·
Kabuletê
·
.
9 - Integrando som e movimento:
·
Mover-se
de acordo com o som;
·
O
jogo de estátua;
·
O
jogo dos animais;
·
Movimentos
de locomoção.
10– Jogos de improvisação
·
A brincadeira do rio;
·
Sinal verde, sinal vermelho;
·
O estouro da pipoca;
·
Sol e chuva casamento de viúva.
11- Sonorização de histórias
·
Contar histórias usando a voz, o corpo e ou
objetos;
·
Contar histórias usando instrumentos musicais.
12- Exploração de cantigas
folclóricas como por exemplo: pombinha branca, prenda minha, eu entrei na roda,
fui ao Itororó dentre muitas outras ,através de sua melodia bem como de sua
dramatização;
13- Através de cds
reconhecer son diversos: porta abrindo ,animais, chuva, trovão, veículos, etc;
14 – Passeio para prestigiar
apresentações musicais
CRONOGRAMA:
Duração
oito meses
CULMINÂNCIA:
Visita
a loja de instrumentos musicais.
Manuseio
de alguns instrumentos musicais.
RECURSOS:
·
Pedras;
·
Papel;
·
Latas;
·
Plástico;
·
Chaves;
·
CDs;
·
DVD;
·
Aparelho de som;
·
Histórias;
·
Instrumentos musicais;
·
Materiais recicláveis;
·
Tinta;
·
Cordões.
AVALIAÇÃO
Na
educação infantil a avaliação deve ser processual e contínua e incidir sobre todo o contexto de
aprendizagem levando-se em consideração os processos vivenciados pelas crianças
,resultado de um trabalho intencional do professor.
Ter
como base a observação cuidadosa do professor onde o registro sobre cada
criança e sobre o grupo será um valioso instrumento de avaliação.
A
música é comum a todos. E é só deixando que ela se aflore que poderá ser
desenvolvida. Por isso é importante que a instituição e nós professores
ofereçamos essa oportunidade as nossas crianças. Assim a música torna-se um
elemento próprio à educação, já que é vivida por todos, indistintamente.
REFERÊNCIAS
PONSO,Caroine Cao,
Música em Diálogo: Ações Interdisciplinares na Educação Infantil – Porto
Alegre,2014